Com muita comoção, centenas de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre do jornalista e advogado Geraldo Marcelino dos Santos “Duzinho”, na tarde desta terça-feira (21), no Cemitério Campo Santo de Ibicaraí. Casado com Dilva Marques Freitas Santos há 51 anos, deixou três filhos, Geraldo Marcelino dos Santos Júnior, Cláudio Marcelino e Marisol.
“Duzinho” foi fundador do jornal Correio de Ibicaraí, em 22 de outubro de 1967, sendo o segundo jornal mais antigo do interior da Bahia. O jornalista tinha 87 anos e administrou as publicações até os seus últimos dias de vida. Ele faleceu nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (21), em Itabuna, onde encontrava-se hospitalizado.
“Vejo nele uma pessoa que sonhou, lutou para realizar esses sonhos, sempre perseverou diante dos obstáculos e, mesmo depois de realizar os sonhos, continuou sonhando novos projetos para a comunidade em que ele atuava. Esse é o seu grande legado”, disse emocionado, professor Geraldo, filho do jornalista, que estava acompanhado sua mãe dona Diva, minutos após o enterro do pai. Também estiveram presentes na cerimônia, sua nora Dra. Sandra Cardoso (prefeita de Floresta Azul), os netos do jornalista, Geraldo Neto e Tarso Cardoso.
O filho Cláudio Marcelino, que por vários anos trabalhou ao lado do pai no Jornal Correio de Ibicaraí, também muito comovido, só conseguiu dizer o seguinte: “Ele foi um grande homem e nós pretendemos levar adiante o trabalho dele. Vai ser difícil, mas a vida tem que continuar”.
Em poucas e bonitas palavras, o amigo da família, Klaus Farias, vereador do município de Ibicaraí, improvisou uma homenagem para o jornalista no sepultamento. Para a reportagem do Bahia Extra, ele disse o seguinte: “O legado que ele deixou é um privilégio de todos. Para a família sempre foi uma pessoa sensacional, sempre presente e prestativo. Nos deixa triste por ter partido, mas alegre por ter existido”.
O designer, Leandro Barros, o Lilão, lembrou das ideias bairristas do jornalista. “Dr. Geraldo Marcelino era daqueles caras que pensava em Ibicaraí a todo o momento. Fazer o Jornal Correio de Ibicaraí foi um dos empreendimentos dos mais difíceis, manter um jornal é algo que tem que se admirar. Além disso, ele tinha a cidade como o centro das suas ideias, cada vez que se conversava com ele, ele tinha uma ideia do que se poderia fazer para tornar Ibicaraí melhor. Muitos diziam que ele era bairrista, mas era um bairrismo positivo", comentou Lilão.
Também estiveram presentes na ocasião algumas personalidades da cidade, entre eles, o prefeito Lenildo Santana. “Tem pessoas que marcam a sua vida deixando bons legados e bons exemplos. Muito embora com seu falecimento, ele perpetua-se pela sua prática. Pelo seu empreendedorismo, tornou-se um grande comunicador, levando notícias e conhecimento para Ibicaraí e região. Ao mesmo tempo, ele perpetua-se na nossa memória como um bom exemplo de pessoa que precisamos multiplicar na nossa sociedade”, disse o prefeito.