O projeto de lei nº. 20.757/2014, que altera a Lei nº 9.281, de
07 de outubro de 2004, sobre a distribuição dos royalties do petróleo,
foi aprovada por unanimidade pelos deputados estaduais nesta terça-feira
(31), por volta das 21h na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA.
Entre as três emendas apresentadas ao projeto, a que foi elaborada por
Álvaro Gomes (PCdoB), que estabelecia, dentre os 30 a 35% que restaram
ao setor mineral, geração de energia e energização rural e na gestão de
recursos hídricos – os outros 70 a 75% cobrirão o déficit do Fundo
Financeiro da Previdência Social dos Servidores Públicos do Estado da
Bahia (Funprev) – 10 a 12,5% para a pesquisa mineral, capitaneada, no
estado, pela Companhia baiana de pesquisa mineral (CBPM). A bancada de
oposição discutiu durante toda a tarde os prejuízos à companhia, que
estaria sendo menosprezada caso a emenda fosse aprovada. Em discurso do
plenário, o deputado João Bacelar citou o fato de o governador Jaques
Wagner ter afirmado que “a CBPM é para a mineração da Bahia o que a
Petrobras é para o petróleo do Brasil”, em menção à importância da
empresa. Diante da polêmica, o projeto só foi aprovado após reformulação
da emenda, que só acrescenta ao primeiro parágrafo da lei que está
garantido ao setor mineral o mínimo de 5% da receita obtida com os
royalties. “Depois de discutir com o Crea, Sindipec, com outras
entidades e com o governo, chegamos ao denominador comum e fizemos esta
seguinte formulação. Isso isignifica que pode ser 10, 15, 20, melhor que
no projeto original que não tinha percentual. Assim, ganhamos
flexibilidade de destinar mais ou menos de acordo com a necessidade
concreta, sem ficar amarrados. Mas ao mesmo tempo pode ser maior do que
12%”, explica Gomes. O parlamentar cita necessidades como a de
construção de poços artesianos, que ficaria prejudicada caso o
percentual do setor mineral fosse fixo em 12,5%. “O importante é que
foi consensual com o governo e as entidades do setor, que concordaram
com o percentual”, ressalta. Outros projetos importantes aprovados nesta
terça são os que determinam o reajuste linear dos servidores públicos
estadual, que ficou estipulado em 5,91%, com primeira parcela de 2% em
abril e de 3,84% em setembro e o que faz a reestruturação remuneratória
dos servidores e permite o reajuste.
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