É crédito ou débito? Clientes de prostitutas em Minas passam, a partir desta semana, a ouvir esta pergunta na hora de combinar um programa. Um convênio da Caixa Econômica Federal com a Aspromig (Associação das Prostitutas de Minas) vai levar uma máquina de cartão para cada garota cadastrada e diversificar o pagamento.
Com a iniciativa, inédita no Brasil,
as garotas de programa passam a ser consideradas na prática como empreendedoras
individuais.
Além da segurança de não precisar
carregar o dinheiro dos clientes, as prostitutas receberão benefícios como
qualquer outro trabalhador por abrir conta no banco como pessoa jurídica, de
acordo com a presidente da Aspromig Cida Vieira.
— É uma conquista de cidadania que
queremos expandir para todo o País. A menina que aderir recebe a máquina de
cartão em casa e passa a ser considerada uma empreendedora. É seguro para o
cliente e a menina por não carregar dinheiro. Minha máquina chegou ontem. Como
trabalho a noite, ainda não usei.
Cida garante que o registro da "compra"
no extrato do cartão não vai "entregar" o cliente.
— É um registro de pessoa jurídica,
sigiloso. Tudo guardado a "sete chaves".
A meta, agora, é garantir a adesão de
trabalhadores do ramo.
— É uma comodidade que deve alcançar
garotas em boates, transexuais, as meninas que ficam em rodovias, enfim, uma
conquista para todos quem trabalham neste mercado.
Com a adesão ao programa da Caixa
Econômica, as prostitutas passam a ter cobertura da Previdência Social e
benefícios como auxílio doença, salário maternidade, aposentadoria e taxas de
financiamento diferenciadas. A assessoria do banco foi procurada para se
manifestar sobre a parceira, mas não enviou resposta até o momento da
publicação.
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