A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota oficial para expressar sua insatisfação diante da decisão tomada pela presidente Dilma Rousseff na última quinta-feira ((1º/8) de sancionar sem vetos a Lei 12.845/13, a chamada Lei das Vítimas Sexuais, que estaria abrindo brechas para a realização de abortos com amparo legal. Em vez de vetá-los, Dilma optou por sancionar integralmente o texto e enviar ao Legislativo projeto de lei no qual modifica a sua redação, acatando, aí sim, as mudanças defendidas pelas igrejas. No projeto, violência sexual é definida como “todas as formas de estupro” e a expressão “profilaxia da gravidez”, utilizada no texto da lei sancionada para se referir à pílula do dia seguinte, é substituída por “medicação com eficiência precoce para prevenir gravidez resultante de estupro”. Na campanha presidencial de 2010, o tema aborto foi um dos que mais incomodou a campanha da então candidata Dilma Rousseff. Seus adversários, em especial o ex-governador José Serra (PSDB), acusavam dela ser favorável à legalização do aborto, na tentativa de retirar dela o apoio de membros das igrejas evangélicas e de outras religiões. Após intensa polêmica, ainda durante a campanha eleitoral, ela terminou assinando uma carta na qual se comprometeu a não alterar, de nenhuma forma, a legislação brasileira sobre o tema.
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