Uma polêmica tem girado em torno de denúncias
feitas por familiares dos internos do Conjunto Penal de Itabuna, dando conta do
tratamento recebido na unidade penitenciária e da alimentação estragada que
está sendo servida no local. Para reforçar a denúncia, internos do Conjunto
Penal entraram em contato por telefone celular com a Rádio Difusora Sul da
Bahia, durante o programa O Crime Não Compensa, apresentado por Oziel Aragão.
Sem se identificar, dois presos que estão no
Conjunto Penal, sendo um deles interno há 4 anos e já sentenciado por prática
de homicídio, revelou que está em uma cela com outros 14 internos e vive
momentos de tensão constante.
Questionado sobre a convivência no local ele disse:
“a comida é estragada e estamos sendo espancados. Ainda ontem jogaram bomba de
gás aqui dentro”, garantiu.
E completou: “Quando tem agressão eles ainda
perguntam se queremos a ‘borracha’ ou o Max (o cachorro)”.
Sobre o tumulto que ocorreu recentemente após a
junção dos Raios A e B, ele disse: “Soltaram os cadeados e deu no que deu, todo
mundo caiu na faca e na bala. Um morreu e ainda tem uns 10 furados de bala e
faca”.
E avisou: “Está tudo calmo porque agente quer,
inclusive na rua, mas a situação pode ficar ainda mais tensa. Está todo mundo
se armando, quebrando parede e fazendo arma com ferro para se defender”.
Questionado sobre a origem do telefone celular no
interior de uma cela no Conjunto Penal de Itabuna, o interno foi enfático:
“Para nós tudo tem jeito. Se não tivéssemos um telefone aqui não estaríamos
falando com você para denunciar a situação”, finalizou.
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