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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Lei antiestupro deve receber nome de estudante violentada.


Imagem: Facebook.

O ministro da Educação Infantil da Índia, Shashi Tharoor, pediu que a lei antiestupro, proposta recentemente após a morte de uma estudante de medicina de 23 anos vítima de estupro coletivo, receba o nome da vítima. A identidade dela foi mantida em sigilo até agora. De acordo com o jornal Times of India desta quarta-feira, a família já teria aprovado a ideia.
O caso brutal desencadeou uma onda de protestos nos dias seguintes ao estupro em um ônibus. A população realizou vigílias à luz de velas em várias cidades indianas, pedindo maior proteção às mulheres em um país onde o estupro é recorrente. De acordo com dados da polícia, a cada 18 horas um caso de violência sexual é relatado às autoridades em Nova Déli.
A jovem, estudante de medicina, embarcou em um ônibus por volta das 21h30 do dia 16 de dezembro de 2012 com um amigo, depois de ir ao cinema. Os seis homens a bordo do ônibus, incluindo o motorista, supostamente planejaram o ataque à mulher. Ela foi estuprada durante 40 minutos, espancada e, depois, jogada para fora do veículo. Novas evidências sugerem que o motorista tentou atropelar a estudante e seu amigo.
Depoimento antes de morrer
A vítima passou por diversas cirurgias, incluindo uma para remover parte de seu intestino. Mantida com a ajuda de aparelhos, ela recuperou a consciência em alguns momentos e conseguiu se comunicar com a polícia e dar depoimento a um funcionário do tribunal.
"Eles chamavam uns aos outros pelo primeiro nome, que ficou marcado na memória da vítima. Ela se lembrou no momento em que recobrou a consciência e começou a conversar conosco", disse um oficial da polícia.
Investigadores coletaram evidências forenses, incluindo amostras de pele e cabelo nas unhas da vítima. Testes de DNA também foram realizados nas marcas de mordidas da mulher em três dos suspeitos. Todos os seis supostos estupradores estão sob custódia da polícia.
A jovem foi transferida para o hospital Mount Elizabeth, em Cingapura, no dia 27 de dezembro para tratar os severos traumas na cabeça e danos nos órgãos. Ela morreu dois dias depois por falência múltipla de órgãos. O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, e a presidente do partido governista no Congresso, Sonia Gandhi, estavam presentes no aeroporto para receber o corpo da jovem.
FC/dpa/ap/afp/rtr
Revisão: Francis França

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