Parece que o publicitário Nizan Guanaes terá que se explicar junto à procuradoria-geral da República. Isso porque, o dono da agência África e do grupo ABC, também foi envolvido no esquema do mensalão por Marcos Valério.
Vlalério, em depoimento secreto prestado à procuradoria-geral da República, entregou às procuradoras Raquel Branquinho e Claudia Sampaio, esposa de Roberto Gurgel, três contas bancárias no exterior. Uma seria de Nizan, uma da dupla Zezé di Camargo & Luciano e outra do também publicitário Duda Mendonça.
Nizan trabalhou para o PT na campanha derrotada de Jorge Bittar à prefeitura do Rio de Janeiro e se limitou a dizer que não recebeu pagamentos ilegais. Em 2002, ele havia sido marqueteiro de José Serra, na campanha em que o tucano foi derrotado por Lula. Antes disso, havia tentado polir a imagem de Roseana Sarney.
Nas eleições municipais de 2004, sua contratação pelo PT foi bastante questionada, em razão de sua postura assumidamente contrária ao partido. "O PT é Taleban total.
Nós temos de bombardear Cabul. O PT é contra a alegria. Só falta turbante, barba já tem", disse ele, em 2002. Dois anos depois, foi contratado como gênio pela campanha de Bittar. "Se você é PT, lembre que PT é Bittar", dizia o slogan do candidato, que não conseguiu chegar nem sequer ao segundo turno.
No depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República, Valério disse ainda que os recursos repassados a Nizan Guanaes, Duda Mendonça e Zezé di Camargo & Luciano foram obtidos por Antonio Palocci, então ministro da Fazenda, junto à Portugal Telecom. Por meio de seu advogado, José Roberto Batochio, Palocci negou as acusações. A denúncia foi divulgada nesta quinta-feira (20), no jornal Estado de S. Paulo.
Fonte: Brasil 247
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