Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita no Senado
defende o fim o salário de vereador em municípios com população inferior a 50
mil habitantes. Caso aprovada, a medida – de autoria do senador Cyro Miranda
(PSDB-GO) – atingiria 89,41% dos 5.565 municípios brasileiros. Somente
legisladores de 600 cidades teriam remuneração. Chamada de PEC 35, a proposta
está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e terá como relator
o tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP). Segundo o autor da medida, o relator
avalia incluir ajuda de custo para gastos com combustíveis e até aumentar o
alcance da proposta. “Mais uma semana ou duas e deve estar com tudo pronto. Não
sei se ele vai colocar um salário mínimo de ajuda de custo, quando comprovado,
para combustível ou ampliar para cidades de 40 mil habitantes, mas dependemos
da pressão da opinião pública, porque a votação é nominal da CCJ”, disse
Miranda. A ideia causou a insatisfação dos vereadores, que planejam um ato em
Brasília para pressionar os membros do Senado. De acordo com o presidente da
União dos Vereadores do Brasil (UVB), Gilson Conzatti, a PEC é inconstitucional
porque senadores não poderiam legislar sobre vencimentos de vereadores. “Na
medida em que o vereador perde o poder econômico, seus subsídios, fica à mercê
dos prefeitos e se instala um mensalão municipal. Os vereadores ficam sem poder
de decidir, porque não têm subsídio, que é pouco em alguns casos, e quando
precisa de voto acabam negociando, como fazem no Congresso”, defendeu /Informações do Terra.
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