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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Filha de Claudinho se lança funkeira 10 anos após morte de parceiro de Buchecha


Dez anos após a morte de Claudinho, da dupla Claudinho e Buchecha, a família dele relata ao R7 como busca superar a perda precoce. O acidente ocorrido na rodovia Presidente Dutra, na descida da serra das Araras, no Rio de Janeiro, completa uma década nesta sexta-feira (13). A filha Andressa Alves de Mattos, que tinha três anos quando o pai morreu, decidiu seguir os passos dele.
AndressaOs bens de Claudinho ainda não foram liberados pela Justiça. A menina só poderá retirar o dinheiro integralmente quando completar 18 anos, segundo explica Vanessa Alves Ferreira, viúva do cantor.
No ano passado, a Nova Dutra chegou a ser condenada a pagar indenização à família de Claudinho, porque a Justiça entendeu que as condições da rodovia foram determinantes para o acidente. No entanto, a concessionária entrou com recurso 

judicial, que ainda não foi julgado.
Aos 13 anos, a filha de um dos ícones do movimento funk brasileiro adotou o nome de Lia e lança a músicaPoderosa. O seu padrinho artístico não poderia ser outro. Foi Buchecha quem levou a menina tímida para a primeira apresentação em um show no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, na zona oeste.
– Eu sou muito tímida, mas já melhorei. No show com o Buchecha, em que eu participei, quando eu subi no palco e vi aquele monte de gente, fiquei muito nervosa. Eram quase 2.000 pessoas. Tentei me soltar, mas em alguns momentos olhava para o chão. No final, deu tudo certo.
A mãe da menina, Vanessa Alves Ferreira, não esconde o orgulho da garota.
– Fico feliz de vê-la seguindo o mesmo caminho do pai. Quando ele morreu, ela era tão pequenininha. Vejo muita semelhança entre a Andressa e ele.
Andressa diz que o pai é uma inspiração. Tanto que a jovem fez uma música em homenagem a Claudinho. Mas, ao falar das lembranças dele, a primeira imagem que vem à cabeça da menina é triste.
– A única lembrança que eu tenho do meu pai é do velório. Ele estava com uma camisa do Flamengo e eu ia lá fazer carinho nele.
A viúva de Claudinho se emociona com as homenagens que marcam os dez anos da morte do marido.
– Me dá uma enorme alegria saber que ele não foi esquecido. Dá para ver o quanto ele foi importante no meio da música.
"Sucesso no sangue"
Mãe e filha moram na mesma casa que dividiam com Claudinho, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio. Do outro lado da baía de Guanabara, em São Gonçalo, berço da dupla, Leonina Maria Isidorio torce pelo sucesso da neta.
– Que Deus abençoe e que ela continue seguindo essa carreira. Uma vez meu filho disse que o sonho dele era que Andressa tocasse violão. Ele achava lindo mulher tocando violão. Tenho certeza que ela vai fazer sucesso que nem o pai. Está no sangue.
Na hora de escolher um instrumento, a jovem não teve dúvidas. Há alguns meses, ela começou a ter aulas de violão. 
Dona Leonina, assim como Vanessa e Andressa, não perdeu o contato com Buchecha. Ela diz que, mesmo depois da morte do filho, o cantor nunca a desamparou.

– O Buchecha até hoje me ajuda, inclusive financeiramente. Ele nunca me deixou. Sempre esteve ao meu lado quando precisei.
A mãe de Claudinho ainda vive na cidade onde o cantor cresceu e foi revelado. Ela chegou a morar na Ilha do Governador, na zona norte do Rio, com o filho, mas, antes mesmo da morte dele, já havia voltado para São Gonçalo. Ela conta que Claudinho deu um terreno para ela e a casa, humilde, foi sendo construída aos poucos.
Além de Buchecha, as outras duas filhas de Leonina, Claudia e Claudilea, a ajudam. Para complementar suas necessidades, a mãe de Claudinho faz biscoitos, sabão e artesanatos com material reciclado. Segundo dona Leonina, os sintomas da artrose a impedem de conseguir um trabalho fixo.
Apesar da vida difícil, ela diz que não gosta de falar de sofrimento. Dona Leonina só se emociona ao se lembrar dos momentos que o Claudinho tinha com a família e da última viagem que fez a Minas Gerais para visitar parentes.
– Era uma bagunça só. A gente fazia uma farra. Eu me lembro da última viagem que nós fizemos para Minas Gerais. Parecia que era uma despedia. Ele foi lá em Minas para se despedir dos parentes de lá.

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