O duelo do toque de bola espanhol contra a eficiência do português Cristiano Ronaldo foi frustrante e precisou da disputa de pênaltis para render emoção. Nela, após um 0 a 0 no tempo regulamentar e prorrogação,a Espanha levou a melhor, por 4 a 2, e avançou à decisão da Eurocopa.
Xabi Alonso desperdiçou uma cobrança para o time espanhol, enquanto João Moutinho e Bruno Alves erraram para Portugal. Alonso chutou nas mãos de Rui Patricio, enquanto Casillas pegou o de João Moutinho. Bruno Alves bateu no travessão.
A Espanha encara agora na final, marcada para o próximo domingo, em Kiev, na Ucrânia, o vencedor do duelo entre Alemanha e Itália, que jogam na quinta-feira pela outra semifinal.
O jogo teve muitos toques sem objetividade e finalizações precipitadas, quase todas longe do gol. Cristiano Ronaldo foi bem marcado e na única boa chance, no finzinho do segundo tempo, falhou.
O técnico Vicente Del Bosque surpreendeu na escalação espanhola ao colocar no ataque Negredo, do Sevilla. Ele ganhou concorrência do também atacante Fernando Torres e do meio-campista Fábregas, que foi quem saiu da formação titular da última partida, vitória por 2 a 0 sobre a França.
O jogo
A partida começou com o cenário que se esperava. A Espanha trocava passes, e Portugal marcava com dez jogadores de linha atrás da bola. Em pouco tempo, a entrada de Negredo pareceu dar mais objetividade à Espanha. Aos 8min, Iniesta chegou na área após tabela e tocou para o atacante, que ajeitou para Arbeloa. Ele chutou de chapa, e a bola passou perto.
A bem postada defesa portuguesa, no entanto, dificultava. Com muitos jogadores na frente da área, Portugal obrigou a rival a arriscar alguns chutes de fora. Somente um de Iniesta passou perto, aos 28min.
Cristiano Ronaldo estava apagado até aos 31min. Recebeu bola com pouco espaço, mas girou e chutou, de fora da área, para fora, mas com perigo para Casillas. Fora isso, o primeiro tempo teve poucos lances de perigo e emoção.
O segundo tempo começou da mesma forma. Troca de passes e poucas conclusões. Del Bosque decidiu mudar e apelou ao tradicional: tirou Negredo e colocou Fábregas aos 9min. Seis minutos depois, sacou David Silva para a entrada de Jesús Navas.
O panorama não mudou. Até os três atacantes portugueses, Cristiano Ronaldo, Nani e Hugo Almeida, continuavam pra trás da linha da bola e tentavam chutes desajeitados e com marcação. A Espanha tocava até ser desarmada ou arriscava algum chute de longe.
Depois de mais de 30 minutos sem atacantes em campo, aos 41min Del Bosque resolveu sacar Xavi para a entrada do avante Pedro, companheiro do meia no Barcelona.
Aquela que poderia ser a melhor chance do jogo foi desperdiçada por Cristiano Ronaldo aos 45min. Em rápido contra-ataque, ele recebeu na esquerda, invadiu a área com espaço, mas chutou de esquerda, torto, para fora. O tempo regulamentar acabou mesmo no 0 a 0.
A prorrogação pareceu ter mudado a Espanha. Tentava toques mais rápidos e procurava confundir mais o adversário, que pareceu cansado. Na melhor chance, aos 13min do primeiro tempo da prorrogação, Iniesta recebeu passe de Alba, mas o goleiro Rui Patrício salvou.
Mas no segundo o tempo o ímpeto parou. O jogo voltou a ficar truncado e foi para a decisão por pênaltis.
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