O tempo em que Dodô, do Bahia, ficará em recuperação de cirurgia para correção dos ligamentos cruzados do joelho esquerdo é o mesmo período em que Bolívar, do Inter, ficará sem poder pisar em um campo de futebol, decidiu nesta segunda-feira o STJD. O tribunal aplicou pena inédita ao zagueiro do Inter, envolvido no choque que causou a lesão do lateral-esquerdo. Denunciado no artigo 254, que trata de jogada violenta, o capitão colorado pegou quatro jogos de gancho, mas também foi punido pelo parágrafo terceiro, que prevê a equivalência de tempo entre um atleta inativo e o suposto responsável por sua lesão. Bolívar foi ao julgamento.
A decisão surpreendeu o advogado Rogério Pastl, responsável pela defesa de Bolívar. O Inter entrará com recurso. Até sexta-feira, buscará efeito suspensivo, para que ele possa enfrentar o Grêmio no domingo. O Inter tentou criar uma imagem de lealdade em torno de seu jogador. Usou depoimentos de Rodrigo Moledo, companheiro de zaga, e de um jornalista. O árbitro Paulo César Oliveira, apitador do jogo entre Inter e Bahia, também foi julgado - e absolvido. Disse que jamais viu violência nos jogos de Bolívar em que ele trabalhou, mas também afirmou que deveria ter dado o cartão vermelho para o atleta. Admitiu o erro (só deu amarelo) depois de ver o lance pela TV. Nos dias posteriores ao jogo, Bolívar se defendeu. Chegou a dizer que Dodô foi afoito na jogada. Até telefonou para o jogador do Bahia, que declarou ter perdoado o zagueiro. Mas o STJD pensou diferente. As informações são do GloboEsporte.
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