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domingo, 18 de março de 2012

RICARDO TEIXEIRA 23 ANOS E DOIS MESES A FRENTE DA CBF, CHEGA AO FIM


                              
Acabou! Após 23 anos e dois meses, o reinado de Ricardo Teixeira a frente da CBF terminou de forma melancólica para o cartola que almejava ficar no cargo até 2015 e em seguida assumir a presidência da Fifa. Ricardo Teixeira não suportou as sucessivas denúncias da imprensa nacional e internacional sobre corrupção e pressões de inimigos na Fifa, além do desprezo da presidente Dilma Rousseff que nunca gostou do cartola e queria vê-lo bem longe da Confederação. De quebra, Teixeira ainda renunciou a presidência do COL (Comitê Organizador da Copa). Ou seja, está fora da Copa de 2014 também. Em seu lugar assume um velho conhecido da cartolagem: Jose Maria Marin, ex-governador de São Paulo e que era vice-presidente de Teixeira para a região sudeste. Marin também ficou marcado quando foi flagrado recentemente roubando uma medalha na premiação da final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, um pastelão. Sai Teixeira, genro de João Havelange e entra Marin, político e histórico aliado de Paulo Maluf. Infelizmente, para os torcedores, fãs do futebol e para a sociedade não há nada o que comemorar. Porque nada vai mudar por enquanto após a saída de Teixeira. Após 23 anos de mandos e desmandos, além dos escândalos e CPIs, Teixeira agia como um ser supremo, acima do bem e do mal, como na entrevista a Revista Piauí. É inegável que o ex-presidente da CBF ganhou títulos importantes (duas Copas do Mundo, cinco Copas Américas e títulos nas categorias de base), mas não houve uma renovação na maneira de gerir o futebol. Teixeira agia como um político nato, bajulando autoridades e governadores que pediam amistosos da seleção, levando a equipe até ditadores estrangeiros (como Ali Bongo do Gabão) e sempre favorecendo empresários. Enriqueceu o patrimônio da CBF, e consequentemente o seu próprio. Fez do futebol um balcão de negócios ao fechar contratos com emissoras de TV e negócios publicitários. Porém, investiu muito pouco na base do esporte. Teixeira não deixa nenhum legado para o futebol brasileiro. E Marin não é a melhor opção para esta mudança. O novo presidente da CBF já afirmou que não vai mudar nada na Confederação até uma nova eleição que será realizada nos próximos meses. Já sentimos calafrios em ouvir os nomes de possíveis sucessores de Marin. Fernando Sarney, Marco Polo del Nero e Rubens Lopes são alguns nomes possíveis. Todos cartolas e que conhecem muito bem o jogo de poder e barganha que corrompeu o futebol brasileiro nas últimas duas décadas. Estamos esperando que o Mundial de 2014 ajude a mudar o país e deixar um legado para a sociedade e gerações futuras. Mas esta mudança ainda está longe da estrutura do futebol brasileiro, infelizmente.

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