Delegação da Liga Árabe chega à Síria e violência prossegue
O plano prevê a retirada das Forças Armadas das ruas, a libertação de presos políticos e um diálogo com a oposição.
Na quinta-feira, autoridades sírias disseram que mais de 2.000 soldados e policiais já foram mortos em nove meses de distúrbios - cifra que é quase o dobro da que vinha sendo citada anteriormente. É difícil verificar os relatos que chegam da Síria, porque as autoridades locais expulsaram a maioria dos correspondentes de meios de comunicação estrangeiros.
A cifra de 2.000 soldados e policiais mortos consta em uma carta enviada pelo governo sírio à ONU, numa resposta a acusações da alta comissária de Direitos Humanos, Navi Pillay, que acusou na semana passada as autoridades sírias de já terem matado 5.000 pessoas, o que segundo ela pode constituir crime contra a humanidade.
Na carta o governo sírio diz que os "mártires" da polícia e do Exército são prova da "presença de terroristas na Síria".
A entidade oposicionista Observatório Sírio de Direitos Humanos disse nesta semana que 111 pessoas foram mortas após serem capturadas por forças do governo na província de Idlib (norte), no que teria sido o mais violento incidente isolado desde o início da rebelião.
Rami Abdulrahman, diretor do Observatório, disse que as forças de Assad aparentemente estão tentando reprimir a oposição em diversos pontos do país antes da chegada dos monitores.
A Síria diz que já libertou mais de mil presos desde a assinatura do acordo de paz da Liga Árabe, e promete realizar eleições parlamentares no começo de 2012 e promover reformas constitucionais que reduzam o poder do partido Baath.
Mas os ativistas sírios duvidam do compromisso de Assad com o plano, que, se implementado, pode estimular a oposição a realizar mais protestos pela renúncia do presidente.
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