Ministério Público vê irregularidades de R$ 2,5 bilhões no Bolsa Família
O Ministério
Público Federal identificou pagamentos supostamente irregulares do Bolsa
Família no valor de R$ 2,5 bilhões entre 2013 e 2014. Ao cruzar informações de
beneficiários com dados da Receita, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e
Tribunais de Contas, o órgão verificou saques realizados por pessoas já
falecidas e por pessoas sem direito de participar. Ao todo, os pagamentos
abrangeram cerca de 1,4 milhão de pessoas, incluindo titulares do benefício e
suas famílias. Na semana passada, a procuradora Renata Baptista, coordenadora
da apuração, pediu ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário,
responsável pelo programa, informações sobre quais providências foram tomadas.
O G1 procurou a assessoria de imprensa da pasta, mas não havia obtido resposta até
a última atualização desta reportagem. Além de pessoas mortas, o MP identificou
beneficiários com vários CPF's cadastrados para receber o dinheiro. Também
foram encontrados servidores públicos com família de menos de quatro pessoas,
doadores de campanha em valores superiores ao recebido no programa,
proprietários ou responsáveis por empresas ativas. A apuração foi aprovada em
junho do ano passado por iniciativa de departamento do MPF dedicado ao combate
à corrupção.
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