Uma nova estratégia de tratamento permitiu prolongar a vida de homens afetados por um câncer avançado de próstata, indicam os resultados de um teste clínico difundido neste domingo (01) durante uma conferência médica. O estudo, feito com 790 homens que acabaram de ser diagnosticados com um câncer invasivo de próstata, demonstra que a quimioterapia combinada com tratamento hormonal prolonga a vida destes pacientes em cerca de um ano. "A terapia hormonal é o tratamento clássico do câncer de próstata desde os anos 1950", disse Christopher Sweeney, oncologista do Instituto do Câncer Dana-Farber de Boston (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos), que desenvolveu esta pesquisa apresentada na conferência anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO), celebrada este fim de semana em Chicago (Illinois, norte). Ele reforça que este é o primeiro estudo que identifica uma estratégia que prolonga a vida de pessoas que acabam de receber um diagnóstico de câncer de próstata com metástase. "Os resultados são importantes e esta terapia deveria ser o novo tratamento de referência para homens cujo câncer se propagou e podem suportar uma quimioterapia", acrescentou Sweeney. O câncer de próstata é estimulado por hormônios masculinos ou andróginos no sangue. O tratamento hormonal visa a reduzir sua quantidade. Embora esta terapia seja eficaz, a longo prazo o câncer se torna resistente na maior parte dos casos. A quimioterapia só costuma ser usada depois que a doença avança, apesar do tratamento hormonal. Metade dos 790 pacientes participantes no estudo foram tratados unicamente com terapia tradicional e os 50% restantes foram submetidos ao tratamento de supressão hormonal combinado com Docetaxel (Taxoten), um agente que impede a divisão e a multiplicação das células cancerosas. Após um acompanhamento de 29 meses, 136 das pessoas tratadas apenas com terapia hormonal faleceram contra 101 do grupo que também se submeteu à quimioterapia. O tempo médio de sobrevida do grupo tratado apenas com terapia hormonal foi de 44 meses, e de 57,6 meses nos pacientes que receberam Taxoten. O tempo médio de aparecimento de sinais clínicos de um novo avanço do câncer foi de 19,8 meses no primeiro grupo e de 32,7 no segundo. (Terra)
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