A Câmara instala
nesta quarta-feira (2) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai
investigar a exploração do trabalho infantil no País. Dados oficiais mostram
que, em 2011, 3,7 milhões de crianças e adolescentes de cinco a dezessete anos
trabalharam no Brasil em atividades econômicas ilegais. A CPI, proposta
pela deputada Sandra Rosado (PSB-RN), será instalada às 14h30, no Plenário 16.
Em seguida, serão eleitos o presidente e os vice-presidentes da comissão. No
Brasil, o trabalho é proibido antes dos 14 anos, e só pode ser feito em meio
período com os adolescentes entre 14 e 15 anos, mas contratados como
aprendizes. Já os adolescentes entre 16 e 17 anos só podem trabalhar se
tiverem vínculo empregatício formalizado (carteira assinada e a garantia de
acesso aos diretos do trabalho) e, mesmo assim, desde que não estejam em
ocupações proibidas pela lista tipificada das ocupações que oferecem perigo –
emprego doméstico é uma delas, ou seja, não traz nenhum aprendizado e está
proibido. Embora os números tenham melhorado muito entre 2001 e 2008, o
Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPeti) alerta
para o fato de que pouco foi alterado de 2008 até hoje. Em outubro, o
Brasil vai sediar a 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, promovida
pelo governo federal, com o apoio da Organização Internacional do Trabalho
(OIT). Pelos dados da instituição, 10,5 milhões de crianças em todo o mundo são
trabalhadores domésticos em casas de outras pessoas, em alguns casos em
condições perigosas e análogas à escravidão
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