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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Dilma afirma que manifestantes tem o direito de exigir mudanças mas isso tem que ser de forma ordeira e pacífica

Dilma disse que voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada e não pode ser confundida com o barulho e a truculência de alguns arruaceiros

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira (21/6), durante  pronunciamento de 10 minutos, em cadeia nacional de rádio e TV, que vai elaborar um Plano Nacional de Mobilidade Urbana que privilegie o transporte público. Ela também disse que receberá “líderes das manifestações pacíficas” e conversará com governadores e prefeitos das principais cidades para elaborar um pacto para a melhoria dos serviços públicos. O pronunciamento é uma resposta à série de manifestações desta semana em mais de 140 cidades do país.
 Dilma disse que voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada e não pode ser confundida com o barulho e a truculência de alguns arruaceiros “Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos. O foco será: primeiro, a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo; segundo, a destinação de 100% do petróleo para a educação; terceiro, trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS”.
A presidente afirmou que se reunirá com as lideranças das manifestações e com representantes de movimentos sociais. “Anuncio que vou receber os líderes das manifestações pacíficas, os representantes das organizações de jovens, das entidades sindicais, dos movimentos de trabalhadores, das associações populares. Precisamos de suas contribuições, reflexões e experiências. De sua energia e criatividade, de sua aposta no futuro e de sua capacidade de questionar erros do passado e do presente.” Segundo ela, essa violência “envergonha o Brasil”, é resultado da ação de uma “pequena minoria” e não pode “manchar um movimento pacífico e democrático”.  “Todas as instituições e órgãos de segurança pública devem coibir, dentro dos limites da lei, toda forma de violência e vandalismo”, determinou. “Com equilíbrio e serenidade, porém, com firmeza, vamos continuar garantindo o direito e a liberdade de todos.”
A presidente justificou os gastos com a Copa do Mundo, um dos principais motivos de protesto dos manifestantes, que reivindicavam a aplicação em saúde e educação do dinheiro gasto com a construção de estádios. “Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com arenas, é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e governo que estão explorando estes estádios. Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a saúde e a educação”, afirmou.
A presidente afirmou que pretende “contribuir” para uma reforma política que abra espaço para a participação popular. “Precisamos oxigenar o nosso velho sistema político. Encontrar mecanismos que tornem nossas instituições mais transparentes, mais resistentes aos malfeitos e acima de tudo mais permeáveis à influência da sociedade. É a cidadania, e não o poder econômico, quem deve ser ouvido em primeiro lugar. Quero contribuir para a construção de uma ampla e profunda reforma política, que amplie a participação popular”, declarou.

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