Os
acusados estavam sendo monitorados desde a atuação criminosa de Ituaçu,
localizada na região de Brumado, no sudoeste baiano. Um comerciante
daquela cidade teria sido a primeira vítima, depois de vender uma carga
de cachaça, no valor de R$ 55 mil reais. O valor foi acertado em cinco
cheques, de contas do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, abertas
em Itabela e Santa Cruz Cabrália, ambas no extremo sul baiano.
Depois
de os bancos não pagar nenhum dos cheques, com o primeiro datado para
20 de março deste ano, a vítima denunciou o crime. Na agência da Caixa
Econômica de Itabela, o gerente informou à polícia que a quadrilha havia
tomado um empréstimo no valor de R$ 40 mil reais. Mais tarde
descobriu-se que todos os documentos apresentados, nos bancos, eram
falsos.
De
posse apenas das fotografias nas identidades, a Polícia Civil de
Itabela encaminhou as fotos do bando para agências bancárias, de várias
cidades do extremo sul da Bahia. Nesta quarta-feira, dia 17, uma ação
deles denunciou que estariam abrindo contas bancárias numa agência do
Prado. O sinal de alerta foi acionado e o policial Civil Paulo Roberto,
lotado em Prado, montou campana nas proximidades da residência,
informada na abertura da conta. Quando saíram, acabaram presos.
Os
investigadores da Polícia Civil de Itabela, Marcelo Dias, Francisco
Ciston e Fábio Henrique estiveram em Prado para auxiliar nas
investigações. Segundo Dra. Rosângela Santos, delegada titular Delegacia
da Polícia Civil do Prado, as investigações ainda estão no início, mas a
vasta quantidade de material apreendido já permite a atuação, em
flagrante delito, nos crimes de falsidade ideológica, falsificação de
documentos, estelionato e formação de quadrilha.
A
delegada adiantou que vai solicitar a prisão temporária dos acusados. O
delegado de Itabela também solicitou a prisão deles, após considerar a
fraude bancária, como primeiro ato, praticado naquele município. O
delegado de Ituaçu também vai determinar abertura de procedimento,
depois da primeira vítima, de que se tem notícia, ser residente naquele
município.
Outros
dois integrantes da quadrilha também foram presos em Alcobaça. Ao todo
são sete os acusados: três homens e quatro mulheres. Uma delas é menor. A
quantidade de documentos de identidade de cada um deles é tão grande -
quase cinquenta cédulas de identidade - que a polícia ainda não sabe
quem realmente são eles. Por conta disto, o Departamento da Polícia
Técnica de Teixeira de Freitas estará em Prado, nesta sexta-feira, dia
19, para fazer a coleta dos dados datiloscópicos, para identificação dos
acusados.
O
curioso é que em todos os documentos consta emissão em unidades do SAC.
A perícia vai constatar se seriam meras falsificações ou se realmente
foram emitidos pelo Departamento de Segurança Pública da Bahia
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