Com
todo trabalho de estruturação feito ao longo dos últimos anos e
investimentos de R$ 34,8 milhões nos dois últimos anos em sete estados
da região Nordeste e no Pará para erradicação da febre aftosa, o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prevê que até maio
deste ano essas áreas sejam reconhecidas nacionalmente como livres da
doença. A expectativa é que haja também o reconhecimento desse status pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 2014.
Para isso, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa), juntamente com os
serviços veterinários oficiais dos estados de Alagoas, Ceará, Maranhão,
Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte precisou
intensificar as ações de estruturação e vigilância a partir de 2008. A
Bahia e Sergipe são os únicos estados nordestinos reconhecidos como
zonas livres da aftosa, até o momento.
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Ênio Marques,
uma das exigências para obter o certificado da OIE é que os estados
brasileiros passem por uma metodologia de amostragem. “É feita inspeção
clinica e colheita sorológica em uma grande parte dos animais dessa
região para avaliar a ausência da circulação viral”, disse. Desde o
segundo semestre de 2012, foram monitoradas mais de 1,7 mil propriedades
rurais e amostrados mais de 71 mil animais, selecionadas
aleatoriamente, levando em consideração critérios científicos
reconhecidos internacionalmente. O estudo está previsto para encerrar no
início do mês de maio.
No Brasil, 89% do rebanho de bovinos e bubalinos, ou 185 milhões de
cabeças, está em zona livre de febre aftosa, que representa 60% do
território nacional. Com a possibilidade de inclusão de mais 22 milhões
de animais nos oito estados em análise, o percentual passaria a ser de
99%. Após esse processo, faltará apenas os estados do Amapá e Roraima e
parte do estado do Amazonas serem reconhecidos como livre de febre
aftosa. “O Ministério da Agricultura vem trabalhando há anos para que o
País tenha o maior rebanho do mundo livre da doença. Com esses avanços,
seguramente vários mercados ainda inacessíveis serão abertos”, destacou o
diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques.
Um importante passo foi dado nesta terça-feira, 26 de março, no avanço
às ações de reconhecimento do país como livre da doença. Autoridades e
técnicos do Ministério da Agricultura em Brasília e de sete estados do
Nordeste e do Pará estiveram reunidos para avaliar os trabalhos
realizados em 2012 e definir o cronograma de atividades para finalizar
os trabalhos. O Mapa pretende enviar um relatório à OIE até julho deste
ano, mas solicitou às autoridades estaduais que seja finalizada a
implementação das medidas estruturais e técnicas indicadas para
fortalecimento dos serviços veterinários oficiais da região, que
dependem dos governos estaduais.
As iniciativas brasileiras de combate à aftosa vêm sendo implementadas
de forma organizada desde a década de 1960. Em 1992, o Governo Federal
lançou o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa
(PNEFA), que tem como objetivo principal a implantação progressiva e
manutenção de zonas livres da doença. A primeira zona livre foi
conquistada em 1998. A execução do programa é compartilhada entre os
diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial e tem a
participação do setor privado. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Fonte: http://ibicarairural.blogspot.com.br
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