Uma
polêmica envolve o concurso da Polícia Civil da Bahia: no edital da
prova, há um item que dispensa o exame ginecológico para as mulheres com
hímen integro. Ou seja, a candidata que não fizer os três exames
clínicos solicitados pelo concurso terá que comprovar que é virgem.
A
informação foi divulgada ontem à noite pela TV Bahia. O edital do
concurso pede avaliação ginecológica detalhada, contendo os exames
colposcopia, citologia e microflora.
A
avaliação é eliminatória. O diretor da Faculdade de Direito da
Universidade Federal da Bahia, Celso Castro, disse à emissora que o item
do edital é um erro e fere a Constituição. “É uma violação grave da
privacidade e intimidade das pessoas”, afirmou o professor à TV Bahia.
Em nota
enviada ao CORREIO, a Secretaria da Administração do Estado da Bahia
(Saeb), responsável pelo concurso, informou que a inclusão desse item no
edital é recorrente em concursos públicos em todo o país. “Não se
configura uma cláusula restritiva, mas sim uma alternativa para as
mulheres que, porventura, queiram se recusar a realizar os exames
citados no edital”, informa a Saeb em nota.
O
concurso oferece 600 vagas para delegado, escrivão e investigador. Os
salários para os aprovados variam de R$ 1.558,89 a R$ 9.155,28.
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