"Uma
fumaça densa, nas cores azul e rosa". Essa foi a imagem que Paulo
Preto, morador de Água de Meninos, no Comércio, viu após ser acordado
por um forte estrondo às 23h43 da madrugada de quinta-feira (21). Ele
relatou ao jornal A Tarde que chovia forte, relampejava quando olhou
pela janela, viu subir de um buraco na terra. O buraco teria
aproximadamente 23 cm de profundidade. Paulo disse que colocou a mão na
pedra desconhecida e se queimou. Com medo de "radiação espacial", usou
uma embalagem plástica para recolher o material, que mais tarde seria
identificado por seu vizinho, o estudante de física Almir dos Anjos,
como um possível meteorito. A reportagem do jornal teve acesso ao
suposto meteorito e encaminhou o morador do bairro da área do Comércio
ao Instituto de Geociências da Ufba. Lá, o diretor Ronaldo Montenegro
Barbosa reforçou as suspeitas sobre a rocha: "Pode ser composta por
hematita, especularita e materiais encontrados exclusivamente em
meteoritos". Segundo o diretor, Paulo teve sorte porque o estrago
poderia ser grande se o objeto caísse em sua casa. Se o atingisse, pior
ainda: "Você estaria morto", advertiu. Muito interessado, Ronaldo
Barbosa pediu que a instituição ficasse com a rocha, para poder
analisá-la melhor.
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