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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Iemanjá: um mar de flores espera a rainha no Rio Vermelho

         
Cheiro de flores para a Iemanjá perfuma as ruas do Rio Vermelho na manhã deste sábado, 2 de fevereiro, em Salvador, quando devotos da rainha das águas depositam suas esperanças ou agradecimentos no mar.

A grande surpresa para os devotos e milhares de turistas que celebram  esta festa cheia de encanto e magia é o presente oferecido pelos pescadores, normalmente um escultura, que eles encomendas meses antes para homenagear Iemanjá durante o ritual.

Janaína, Princesa de Aiocá, Inaê,  Sereia,  Maria, Mãe-d'água ou  Nossa Senhora, não importa como é chamada, a fé que move jovens, velhos e crianças enaltece aquela que é celebrada no Brasil desse os tempos coloniais.

Contam os pescadores, que a tradicional homenagem à IYemanjá teve início no ano de 1923, quando um grupo de 25 pescadores resolveu oferecer presentes para a mãe das águas. Nesta época os peixes estavam escassos no mar. Todos os anos os pescadores pedem a Iemanjá que lhes dê fartura de peixes e um mar tranquilo.

No início, a celebração era feita em conjunto com a Igreja Católica, numa demonstração do sincretismo religioso da Bahia. Na década de 1960, na capital baiana, um padre teria ofendido os pescadores, chamando-os de ignorantes por cultuarem uma sereia. O ocorrido provocou um rompimento com a igreja e a partir daí os pescadores passaram a realizar a festa apenas em homenagem a Iemanjá. E por conta desta desavença, a igreja de Santana, em Salvador, estado da Bahia fica fechada no dia 2 de fevereiro durante toda a festa.


Dia de festa no mar
Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de fevereiro, a maior festa em homenagem à "Rainha do Mar". A celebração envolve milhares de adeptos que, trajadas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas, como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.


Na mitologia
Filha de Olokun, Iemanjá nasceu nas águas. Teve três filhos: Ogum, Oxossi e Exu.
Conta a lenda que Ogum, o guerreiro, filho mais velho, partiu para as suas conquistas; Oxossi, que se encantara pela floresta, fez dela a sua morada e lá permaneceu, caçando; e Exu, o filho problemático, saiu pela mundo.
Sozinha Iemanjá vivia, mas sabia que seus filhos seguiam seus destino e que não podia interferir na vida deles, já que os três eram adultos. Esta matéria teve a colaboração do jornalista, ator e diretor de teatro, Rai Alves. 
Fotos: Roberto Viana // Bocão News 

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