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Procuradoria-Geral da República defendeu nesta sexta-feira (2) a prisão
imediata dos réus que forem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no
julgamento do mensalão. O procurador Roberto Gurgel pediu a condenação de 36
dos 38 réus. "A Procuradoria-Geral da República requer desde já a
expedição de mandados de prisão imediatamente após a sentença", disse
Gurgel. O pedido visa evitar que embargos de declaração atrasem o cumprimento
da pena. O procurador destacou que não cabe recurso do mérito da decisão que
vier a ser tomada pelo STF , afirmou ter obtido "todas as provas
possíveis" e destacou que o escândalo aconteceu entre quatro paredes
dentro do Palácio do Planalto, em referência ao ex-ministro José Dirceu (PT).
"O Ministério Público só não conseguiu provas impossíveis", afirmou.
Segundo ele, "jamais um delito foi tão fartamente comprovado" e o
julgamento é "histórico". Gurgel aproveitou ainda para dizer que foi
vítima de ataques "grosseiros e mentirosos" desde que apresentou as
alegações finais ao processo mantendo as acusações contra quase a totalidade
dos réus. "Foi tudo para constranger e intimidar procurador", acusou.
Ele afirmou que este comportamento é "inaceitável" e "inútil".
"Não nos intimidaremos jamais". E encerrou a sustentação oral com uma
citação ao compositor Chico Buarque, notório simpatizante do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT). "Dormia a nossa pátria mãe tão distraída, sem
perceber que era subtraída em tenebrosas transações".
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