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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Senador Demóstenes Torres pede perdão aos senadores em plenário


Comissão de Constituição e Justiça analisa cassação nesta quarta (4).

Quase quatro meses após seu último pronunciamento no Senado, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), subiu na tarde desta segunda-feira (2) à tribuna para fazer um apelo aos colegas pela manutenção do seu mandato e para pedir perdão os colegas que o defenderam em plenário no último dia 6 de março, dia do último discurso no plenário.

Demóstenes Torres no plenário do Senado nesta segunda (2) (Imagem:Waldemir Barreto/Ag. Senado)
Demóstenes Torres no plenário do Senado nesta segunda (2)
"Aproveito para me desculpar com os senhores e senhoras senadores que tinham em mim uma imagem que se dissipou nestes 125 dias. Não tive a oportunidade de falar e quando tive, tive vergonha", disse o senador.

"Peço perdão pelos constrangimentos que causei, especialmente aos que me apartearam no último dia 6 de março. O homem que falou lá é o mesmo homem que está aqui, abatido, envergonhado e cansado. E é com o peito aberto que venho aqui pedir que a injustiça se torne reparável. É de peito aberto que eu peço perdão", completou.

Demóstenes teve o processo de cassação do mandato aprovado pelo Conselho de Ética do Senado. Nesta quarta, o pedido será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa. A votação do pedido de cassação em plenário está marcada para o próximo dia 11 de julho.

O senador é acusado de ter utilizado o mandato parlamentar para beneficiar os negócios do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal em fevereiro acusado de comandar uma rede de jogos ilegais em Goiás.

"Nada fiz para merecer a desconstrução da minha honra. Apenas fui amigo de Carlinhos Cachoeira e conversava frequentemente por telefone com ele, e nunca tive negócios legais ou ilegais com ele. O que eu digo se trata da verdade", disse o senador.

Logo no início, Demóstenes afirmou que deverá falar no plenário também nesta terça e quarta, quando a CCJ analisa a cassação. "Há quatro meses vivo um calvário sem trégua. No âmbito jurídico, sequer fui acusado, mas no tribunal das manchetes já fui condenado", disse.

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