'Nunca vi um corpo assim', diz legista sobre executivo da Yoki
Médico desmentiu Elize alegando que
cabeça e braço esquerdo de Marcos Matsunaga foram arrancados quando ele ainda
estava vivo
Foto: Reprodução
Marcos Kitano Matsunaga foi morto e teve corpo
esquartejado
"Nunca tinha examinado um corpo como o desse
moço. Já fiz necropsias em vítimas de acidentes de trem, de carro, sempre muito
mutiladas, mas nunca como nesse caso. Não consigo explicar como as partes do
corpo estavam num estado de conservação que podemos considerar bom."
Assim o médico-legista Jorge Pereira de Oliveira,
64, descreve a análise feita nas partes do corpo do executivo Marcos Matsunaga,
41, morto e esquartejado pela mulher, Elize Matsunaga, 30, no mês passado.
Ontem (19), a 5ª Vara do Tribunal do Júri de São
Paulo aceitou a denúncia (acusação formal) contra Elize. Agora, ela passa a ser
ré no processo sobre a morte do marido. A Justiça ainda decretou a prisão
preventiva de Elize, que deve ficar presa até o julgamento do processo.
O médico-legista foi quem desmentiu Elize ao
descobrir que Matsunaga teve a cabeça e o braço esquerdo arrancado quando ainda
estava vivo --ela disse que esperou dez horas até cortar o corpo do marido.
"Até agora, o braço direito da vítima não foi
encontrado. Porém, de todas as outras partes achadas, apenas o braço esquerdo
apresentava estado avançado de putrefação. Todas as outras estavam num estado
de conservação muito bom e não foi possível explicar o motivo", afirma
Oliveira.
Pela versão de Elize, Matsunaga foi baleado quando
estava em pé. Mas o laudo aponta que o tiro foi à queima-roupa. Quando foi
ferido, Matsunaga estava em um plano mais baixo do que a mulher. Ele podia
estar de joelhos, sentado ou até mesmo deitado, segundo o laudo.
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