Os dois seguranças que agrediram o cantor David Alvarez na boate Fosfobox, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, foram identificados e devem prestar depoimento nesta quinta-feira (3). Foi David quem inspirou o ator Marcelo Serrado a compor o personagem Crô, da novelaFina Estampa, da Rede Globo.
Na quarta-feira (2), a Polícia Civil divulgou imagens das câmeras de segurança da boate, onde o cantor foi espancado na madrugada de terça-feira (1º). Os seguranças são de uma empresa particular contratada pela casa noturna.
Nas imagens, um homem aparece discutindo com David. Pouco depois, o agressor acerta um soco no rosto do cantor, que tenta se defender e reage. A briga dura cerca de 30 segundos, até que algumas pessoas se juntam para segurar o agressor.
David Alvarez passou por exames de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro. No entanto, ele afirmou que deve voltar ao instituto para fazer exames oftalmológicos, já que o olho direito foi atingido com muita violência.
— Meu olho está muito machucado, ainda. Não estou enxergando direito. No hospital, quando eu fui atendido, me falaram que vai ter todo um processo, mas que provavelmente eu vou ficar bem e que eu não devo ficar com nenhuma sequela mais grave.
O cantor disse que pretende se reunir com seus advogados, o que ainda não conseguiu fazer desde que foi agredido. David afirmou que já foi à Delegacia de Copacabana (12ª DP) para prestar queixa e que só deve voltar à unidade policial para pegar uma cópia do boletim de ocorrência, na sexta-feira (4). No entanto, ele não deve ser ouvido novamente.
O delegado adjunto da 12ª DP, Alexandre Magalhães, intimou o responsável pela boate Fosfobox, em Copacabana, zona sul do Rio, para prestar depoimento. Ainda de acordo com a polícia, testemunhas que estavam na boate já foram ouvidas.
Entenda o caso
David contou que estava na boate Fosfobox, por volta de 6h, quando um segurança pediu para ele apagar o cigarro, pois não era permitido fumar naquele local. Ele falou que só iria dar mais um trago e apagaria o cigarro. Irritado, o segurança agrediu a vítima a socos e pontapés.
— Quero ver as fitas. Ainda não sei se vou processar a boate ou não. Vou conversar com meus advogados primeiro. Independentemente de estar fumando onde não podia, nada justifica violência, muito menos um cigarro. Fui espancado por um motivo fútil.
O dono da boate, Cabret Araújo, disse que vai processar a empresa de segurança terceirizada contratada pelo estabelecimento.
— Por lei, nós temos que terceirizar esse tipo de serviço e, como um segurança da empresa contratada bateu em nosso cliente, também nos sentimos lesados e vamos processar a empresa.
Assista ao vídeo:
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