O ex-deputado distrital Júnior Brunelli, conhecido pelo episódio da "oração da propina", se entregou à Polícia Civil do Distrito Federal no domingo, após passar quase três dias como foragido.
A prisão temporária foi decretada pela Justiça e Brunelli deverá ficar numa cela da polícia por cinco dias.
A Deco (Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado) da Polícia Civil investiga Brunelli pela suspeita de participação em um que esquema de desvio de mais de R$ 1,7 milhão em emendas parlamentares de autoria do ex-deputado
Segundo o delegado-chefe do DECO, Henry Lopes, Brunelli teve o mandado de prisão decretado porque foram encontrados indícios de que ele pressionava testemunhas. Outras três pessoas já foram presas.
De acordo com o delegado, as emendas de Brunelli foram destinadas a uma associação localizada nos fundos de uma igreja comandada pela família do ex-deputado, que não executou os projetos.
"Ele pressionava servidores a liberar o dinheiro e depois usava notas falsas e clonadas para justificar a prestação de contas dos projetos", disse Henry Lopes.
Na casa do ex-deputado, foram encontrados bolsas e relógios de marca, além de um DVD com a gravação da "oração da propina".
Brunelli renunciou em 2010, após ter sido filmado recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa.
Em uma das gravações Brunelli aparece fazendo uma oração após se encontrar com Barbosa.
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