PM suspeito de participar de chacina é preso em Salvador
O soldado da Polícia Militar Samuel Oliveira Meneses, 39, suspeito de integrar um grupo de extermínio, foi preso pela Polícia Civil de Salvador.
Ele estava com a prisão preventiva decretada pela Justiça e se apresentou ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa) na noite de segunda (13). A prisão foi divulgada hoje.
Meneses é suspeito de participar da chacina de cinco moradores de rua na Boca do Rio, crime ocorrido na madrugada do dia 3 de fevereiro, durante a greve dos policiais militares da Bahia.
Outros dois suspeitos foram presos na semana passada. São eles: Donato Ribeiro Lima, 47, e Willen Carvalho Bahia, 34. Um quarto suposto integrante do grupo, o também PM Jair Alexandre Santos, 44, está foragido.
Segundo a polícia, o grupo tem ligações com outros quatro homicídios. A reportagem não conseguiu localizar o advogado de Meneses. Ele está preso no Batalhão de Choque da PM, na capital baiana.
No sábado, a Folha revelou que a polícia investiga se milícias formadas por policiais militares participaram de assassinatos durante a greve da PM, que começou na noite do dia 31 de janeiro e durou 12 dias.
A greve de PMs na Bahia abriu terreno para milícias praticarem uma matança na periferia de Salvador. Os alvos são usuários de drogas, moradores de rua e desafetos dos grupos armados que detêm o controle, de fato, de áreas mais violentas.
As milícias baianas são grupos paramilitares bancados por comerciantes para manter a ordem na periferia.
A Folha revelou que tiros na cabeça foram a causa da morte em ao menos 59 dos 109 homicídios ocorridos na capital entre 31 de janeiro e 9 de fevereiro, quando a greve acabou. Isso sugere que a maioria das vítimas não teve chance de defesa.
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