Com relação à entrada de Newton Lima no PT, Wagner não participou, mas sabia de tudo
As declarações do pré-candidato pelo PP à Prefeitura de Ilhéus não têm contribuído para a harmonia entre seu partido e o PT. Primeiro, Jabes Ribeiro afirmou que não se misturaria com quem estivesse no governo Newton Lima, mandando recado direto para o partido do governador Jaques Wagner. Depois, disse que a filiação do prefeito ao Partido dos Trabalhadores foi uma“Operação Tabajara”, que não contou com o aval do primeiro mandatário do Estado.
As duas “pancadas” melindraram o PT de Ilhéus e incomodaram caciques petistas que ainda cogitam a possibilidade de negociar uma aliança com o PP. Para um petista de alto coturno ouvido pelo PIMENTA, “Jabes não tem nada que se meter nas decisões de partido alheio e está atrapalhando o diálogo entre as legendas”.
O homem do PP já pensa diferente. Segundo ele, há um acordo para que as decisões dos partidos que compõem a base do governador sejam fruto de articulações entre as legendas, e não manobras isoladas.
Ribeiro diz que Wagner não participou da operação que ele chama de Tabajara. “Pelo contrário, o governador acha que essa operação só trouxe problemas para sua base, inclusive criando arestas com a senadora Lídice da Mata (PSB)”, argumenta.
Em tempo: o petista com quem o blog conversou admite que governador não “participou” da manobra do PT ilheense, mas sustenta que tanto Wagner quanto o presidente da executiva estadual do partido, Jonas Paulo, foram comunicados previamente de tudo.
Se calaram, é porque consentiram…